Tendo em conta os parâmetros que analisámos e os valores obtidos, concluímos que, de um modo geral, a qualidade da água do rio Lis diminui ao longo do seu percurso. É de referir que, devido a erros experimentais, ao número reduzido de amostras analisadas e ao facto de analisarmos um número restrito de parâmetros, as conclusões que tirámos podem não ser totalmente correctas.
De seguida, apresentamos uma tabela com os resultados obtidos. Note-se que a amostra 1 corresponde à amostra da nascente, a amostra 2 é proveniente da Ponte do Arrabalde, a amostra 3 de Amor e a amostra 4 de Monte Real.
No que diz respeito ao pH e à condutividade, vemos que todas as amostras possuem valores muito semelhantes.
Já no parâmetro referente à turvação, observamos que a amostra da nascente apresenta valores muito inferiores às restantes amostras analisadas. Por isso, podemos dizer que nas restantes amostras a quantidade de partículas em suspensão é considerável, levando à diminuição dos níveis de oxigénio (porque se a luz não atravessa a água, as plantas fotossintéticas produzem menos oxigénio).
Nos restantes parâmetros analisados reparamos que a amostra da nascente apresenta valores mais baixos que as restantes. Podemos então afirmar que quanto mais a jusante estivermos, maior a contaminação do rio por águas residuais e fertilizantes (devido a valores cada vez maiores no que toca à quantidade de nitritos, nitratos, fosfatos, por exemplo). Deste modo, há uma maior propensão para nestes locais haver o fenómeno da eutrofização. É ainda de referir que foram encontrados valores preocupantes de coliformes totais.
